Sucumbir diante das trevas da tua sombra
Deixar cair-me por terra
Em todas as cinzas que já fizeram parte de nós.
Labaredas flamejam toda a minha pele
E aos poucos o veneno torna-se vida
Transfigurando um peito em chamas
Que não conhece outro vicio que não o teu.
Assaltos de loucura
Tomam posse de nós
E descansam devagarinho
Junto dos desejos mais íntimos
Sem acordar os sonhos que havíamos tido.
Reconheço-te em mim
Em cada reflexo no espelho
Vejo na luz dos meus olhos
A cor do teu veneno
Cálices de angustia
Mascarados de poções de amor
Vícios desmedidos
Veneno, puro veneno
Que nos embriaga
Em cada beijo.
Guarda em mim
Todo o teu veneno
Jura que nenhuma outra
O provará dos teus lábios
Enlaça tua alma na minha
Promete-me um presente envenenado
Por todo o teu amor
Para o resto da eternidade.
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(imagem do Google) |
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