domingo, 6 de abril de 2014

pensamentos a retalho #25: Não tardes: deixei o Amor em lume brando.



Vou mexendo ao teu jeito, com aquele toque a madrugada. Ainda o sol não se levantou e o meu beijo já está acordado. Servido quase morno, meio quente, um pouco sonhado… Não tardes, não quero que arrefeça.
É como licor amargo, com travo de amor perfeito, sabe a flor de laranjeira, sem jeito de amanhecer... Vai cozinhando em lume brando, no fogo do teu Verão até se deitar na terra queimada do teu corpo… e do meu. Não tardes, não quero que esmoreça.
É uma bênção conhecer as linhas que marcam a estrada do teu toque, onde, mesmo nas minhas curvas, se derramam oceanos. Oceanizas-me o ser, sem desabitares meu coração.
Não tardes, não quero amarar.
Preciso-te, não tardes em chegar! Deixei o Amor em lume brando, morrendo por te queimar.

Pensamentos a retalho #24: Não quero fugir

É esta minha mania de espiar os recantos negros da tua alma e deixar-me adormecer na sombra do teu futuro. Não quero fugir! 
Sou feita de retalhos dos sonhos que já não te pertencem. São meus por direito. Foram costurados com o fio das minhas vontades...pontos cruzados de coragem.
Por vezes, no entretanto dos pontos, vê-se a luz rarefeita. Tão suave que mal se dá por ela. Ténue... como as minhas fugas, suave... como a tua presença. Não quero pedaços da tua luz... quero beber-lhe a sorte de ser estrela... não quero ser feita de retalhos, quero ser o céu da tua boca. Não quero fugir, quero habitar-te. (...)