domingo, 2 de março de 2014

(Entre Parêntesis) # Crónica nº 6 - Cartas que eu nunca te escrevi

Dear Romeu:

(Não sei como te chamar, talvez Dear Nobody fosse um bom nome... ou talvez não.)

Continuo com as perguntas, talvez com mais do que no inicio, mas a maior delas é PORQUE? ...
Tu vais, e vens... sem nunca dizeres o que queres de mim. Sem nunca responderes as perguntas que pairam no ar. Só sugestões..., só meias frases, só meios entendimentos. Não sei viver nas entrelinhas. Falta-me o ar... Talvez esperasses que fosse eu a responder às tuas perguntas... mas como se nunca as fazes. Já me desculpei por mal entendidos anteriores, que se calhar até nem foram tanto mal interpretados assim... Ou estarei enganada? Maybe...
Tens o dom de sempre aparecer depois de tempos de ausência, quando eu já quase escrevo diários de outras vidas, de outras memórias...atormentas a minha paz, inflamas de novo fogueira já quase extintas... mas PARA QUE? Se nunca tens intenção de dizer nada no meio de tudo o que dizes? Dizes que sonhas, e já fizeste os teus pedidos, mas dúvidas de cada sentimento teu... disso não resta sombra de duvida.
Sabes, já não sou uma criança, embora continue a sonhar, mas o meu bom senso já me ensinou que construir castelos em nuvens não é boa ideia, principalmente se as nuvens viajam ao sabor do vento e que o vento só sopra a meu favor quando a saudade bate e o rei esta pra fazer anos.
Acho bonito amores épicos, revestidos de magia e altruísmo... afinal sou leitora ávida... já li muitos romances assim. Porém talvez eles só existam em livro, principalmente quando as personagens principais não acreditam neles o suficiente para enfrentar medos.
Amar em palavras é fácil, o difícil é vestir as palavras que nos saem da boca.
O livro está aberto, a leitura chegou a um impasse... virar a página é urgente. Das duas uma, ou se ousa reescrever a história com a tinta da coragem, ou se encerra o capitulo. Sem penas, nem reservas,nem perdas. Detesto perdas... estou cansada de perdas. Como detesto que me roubes a atenção quando não és capaz de me explicar porque o fazes. Como detesto que deixes conversas a meio, como detesto que não me compreendas...
As vezes é preciso amar, nem que seja em palavras... as vezes é preciso viver e sentir essas palavras.
talvez nem chegues a ler, ou talvez lei-as, de qualquer modo provavelmente não terei resposta. No máximo, terei mais perguntas... ou talvez eu própria me surpreenda.

Com carinho:

                                                                     Julieta      






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