É no partir que conheço a agonia
Do partir querendo ficar
Algo me prende aqui.
Acabo por ir, e levo o peito
vazio
Meu coração fica contigo
Pois o pobre só voltará a sentir
A fúria do bater
Quando cá estiveres.
Não sei porque dói tanto
Mas a certeza de que a cada
batida
Se sente uma saudade, um pranto
É por si só capaz de me colocar
de joelhos.
Então rezo,
Por um novo amanhecer.
Pois mesmo que a lua se levante
E ilumine toda a noite escura,
Não me basta. Continuo sem
adormecer.
Sei que as estrelas nunca
brilhariam sem a noite
Mas a minha estrela não vive da
escuridão
Ela põe-se no final de cada dia
E então perco-me naquele mar de
fogo.
Se houvesse justiça nesta vida
Nada me deixaria mais perdida
Que perder-me só pra encontrar
O por do sol no teu olhar.
Então levanto-me .
Porque já amanheceu
Já se apagou a lua
Já se esconderam as estrelas
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