quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Singularidades do por do sol




É no partir que conheço a agonia
Do partir querendo ficar
Algo me prende aqui.
Acabo por ir, e levo o peito vazio
Meu coração fica contigo
Pois o pobre só voltará a sentir
A fúria do bater
Quando cá estiveres.

Não sei porque dói tanto
Mas a certeza de que a cada batida
Se sente uma saudade, um pranto
É por si só capaz de me colocar de joelhos.

Então rezo,
Por um novo amanhecer.
Pois mesmo que a lua se levante
E ilumine toda a noite escura,
Não me basta. Continuo sem adormecer.

Sei que as estrelas nunca brilhariam sem a noite
Mas a minha estrela não vive da escuridão
Ela põe-se no final de cada dia
E então perco-me naquele mar de fogo.

Se houvesse justiça nesta vida
Nada me deixaria mais perdida
Que perder-me só pra encontrar
O por do sol no teu olhar.

Então levanto-me .
Porque já amanheceu
Já se apagou a lua
Já se esconderam as estrelas
E eu já me perdi novamente na tua madrugada.


(Imagem do Google)



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