Não tenho
tempo
não tenho asas…
o tempo apenas voa sobre mim.
Arrasta-se aos pés da minha sombra
quase dobra a minha vontade de ser,
de ser mais do que o nada.
não tenho asas…
o tempo apenas voa sobre mim.
Arrasta-se aos pés da minha sombra
quase dobra a minha vontade de ser,
de ser mais do que o nada.
Não quero
nada
se não o pecado de existir
sentir o arrepio da vida
se não o pecado de existir
sentir o arrepio da vida
E deixa-lo
fluir,
fluir sobre
as minhas páginas em branco.
E o branco é tão puro
E o branco é tão puro
tão próximo
da minha desgraça
da frieza
que vai passando com os dias
do furor que
cobre a alvura destas linhas…
Porque há dias de por água na fervura
e há dias de
ferver nas entrelinhas
Só puxando
as rédeas do tempo
Se descobrem
as nuvens
Pintando um
céu de prata.
E aqui, sentada no colo do tempo
E aqui, sentada no colo do tempo
De rédeas
bem esticadas
Não sobra
mais nada
Tenho a vida
sentada ao meu lado
Proseando com
a gente que passa
De vez em
quando fala comigo…
Enquanto
ponho a escrita em dia.
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