terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um poema chamado inverno ( parte 2)


Desejo de ser primavera...

Está frio lá fora
Perco o meu olhar sobre as chamas da lareira
A única certeza que tenho
É que o inverno já não demora
E eu não aguento mais esta espera.

Quisera eu que as chamas que vejo
Queimassem a lembrança que guardo de ti
Devagar, sempre pressa, desejo por desejo
Como se fosse uma doce tortura,
Como tantas outras que me gelaram o peito.

Tentei de tudo
Mas toda a fúria foi pouca
E a culpa não tardou em chegar
Tomou posse de mim, deixou-me louca

Mas já que não tenho outro remédio
Se não sentir o inverno chegar
E ver-te reflectido nas chamas do meu olhar
Daria o pouco que acabou por restar
Apenas para te ver chegar
Apenas para te entregar
Todo o meu desejo de ser primavera.


(Imagem do Google)



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