domingo, 13 de janeiro de 2013

Amo-te


Amo-te como amo a madrugada
Como amo a luz do dia
 Como amo o pó da terra
Como amo a flor à espera para ser regada
Como amo noite fria
Como amo a paz no lugar da guerra.

Seria difícil explicar as razões de tal amor
Somente quem ama tanto
 Sabe que não se ama sem dor
Talvez algumas almas digam que não
Mas amar jamais será em vão
Mesmo sabendo que nunca será correspondido
Sentimento tão nobre preenche um peito esquecido
Perdido nas garras da solidão.

Por isso me permito amar-te
Mesmo sem ver-te, sem tocar-te
Estás aqui… eu sinto-te.
Nem a saudade pode apagar-te.

Por isso me permito desenhar-te
Em cada traço, uma linha de amor
O tempo perde-se na vontade de observar-te
Ali nas cores daquela folha de papel
Admiro-te,
E admiro-me por lembrar-me de cada traço de cor

Por isso amo-te
Até nas coisas mais singelas
Até no teu risco sobre telas
Até no desejo à luz de velas
Amo-te muito para além da vida
Amo-te em cada oração sentida
Amo-te até ao fado me entregar o beijo da morte.
Mas se a vida me deixar entregue à própria sorte.
Que Deus permita que te ame ainda mais depois da morte.



(Imagem do Google)





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