terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Poesia, poesia...


Poesia, poesia
Meros rabiscos sentidos
Que pela boa foram calados
E com jeitinho floriram na ponta dos dedos.

Pequenos versos rimados
Atados com amor e carinho
Pedindo aconchego perto da curiosidade
Longe de quem os lê só pela metade.

Ousadas palavras doces
Brincando de saber escrever
Embalam os eruditos
No ler a pleno prazer.

E se de dor são assaltadas
As pobres poesias amadas
Rasgam as heresias do peito
Lavando-se depois em lágrimas
Que só se libertam no leito.

Poemas são letras bailando
A valsa das primaveras
Aquele ultima sopro do vento
Que se perdeu na pagina das Eras

São duras as poesias da vida
Tão sentidas e gemidas
Que calam qualquer murmúrio
Não se afligem as malditas
Procuram ser destemidas
Florindo em cada sílaba cantada
Amando em cada letra desenhada
Roubando corações endiabrados
Quebrando juras de amor
Bramindo em cada recanto do próprio leitor.

Gotinhas de sorrisos
Arrancados a ferros das almas carentes
Ou nascidos nos lábios dos crentes
Têm o dom de fazer corar
A audácia de descobrir o véu
Do desejo de quem os leu.

Poesia, poesia
Carregas nos ombros a melancolia
E ofereces um olhar cheio de doçura
Trazes nos lábios o sorriso dos sábios
E no peito o amor dos puros de coração.


(Imagem do Google) 



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