terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Flores do esquecimento

Ando por aí
por onde se perdem os passos
em atalhos feitos de neblina
embrulhados na bruma sombria
do que resta do caminho.

Há sempre um estranho esgar
no odor fresco de erva molhada
que se entranha na pele
e vai florescendo no leito da madrugada.

Levo no peito as sementes
de todas as almas que quero plantar
no mais profundo deslumbramento...

São apenas as mãos que me fazem levantar
erguendo do espaço vazio
todas as flores do esquecimento
que no mundo acabei de plantar.






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