Não
sei o que está errado… desconheço o que está certo. As medidas deste mundo
estão cada vez mais desmedidas.
“No princípio, Deus criou o céu e a terra! A terra era um caos sem forma nem
ordem. Era um mar profundo coberto de escuridão… “
Segundo o Livro Sagrado eis a criação! A base de todos nós e de todas as coisas
e já tantos milénios se passaram e a Terra cada vez mais envolta num “mar
profundo coberto de escuridão”.
Como é possível o ser humano ser tão magnificente e ao mesmo tempo tão
desumano. O paradoxo existente na própria palavra DE-SU-MA-NO quase nos coloca
no fundo do abismo.
A fé, a força que nos move, que nos leva a acreditar em algo e ao mesmo tempo
nos impele a um sentimento de superioridade em relação aos outros. Não era
suposto sermos como irmãos? Porque continuamos a repetir os mesmos erros,
fazendo os mesmo julgamentos imorais e sobretudo a premiar a intolerância? Talvez
essa seja a verdadeira questão que o ser Humano deve colocar a si mesmo… Gritam
a plenos pulmões o que querem dizer, chamam-lhe liberdade. E mais uma vez pergunto:
Convidaram a tolerância para este festim?
Não se ache digno de liberdade aquele que não respeita a liberdade, a crença ou
a existência do outro… que sentido teria aprisionar uns para libertar outros?
Os fins nunca justificam os meios, quanto às verdades, não existe nada mais
volátil. Cada um possui a sua e cada um a lê da forma que mais o favorece.
Culpados? Todos e nenhuns.
Enquanto uns pecam pelo exercício exagerado da sua liberdade outros pagam o
preço alto cobrado pela ignorância. Existem os mártires da vida moderna
aclamados em grandes ovações nas redes sociais enquanto o verdadeiro centro da
questão vai sendo adiado. “São terroristas!”
Mais uma vez digo: Os fins não justificam os meios! “ Era só ironia!” Mais uma
vez digo: Onde mora a tolerância?
Não esperem os falsos moralistas receber prémios Nobel por levantar meia dúzia
de bandeiras… é preciso percorrer campos minados pela força da ignorância.
Onde? Em todo o (i)mundo em que vivemos. O problema é conjugado na 1ª pessoa.
Respeite para ser respeitado, liberte para ser libertado…
E sobretudo, nunca subestime o poder da fé alheia… por ela se nasce e por ela
se morre.
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