segunda-feira, 1 de abril de 2013

És veneno

Provar o veneno dos teus lábios
Sucumbir diante das trevas da tua sombra
Deixar cair-me por terra
Em todas as cinzas que já fizeram parte de nós.

Labaredas flamejam toda a minha pele
E aos poucos o veneno torna-se vida
Transfigurando um peito em chamas
Que não conhece outro vicio que não o teu.

Assaltos de loucura
Tomam posse de nós
E descansam devagarinho
Junto dos desejos mais íntimos
Sem acordar os sonhos que havíamos tido.

Reconheço-te em mim
Em cada reflexo no espelho
Vejo na luz dos meus olhos
A cor do teu veneno

Cálices de angustia
Mascarados de poções de amor
Vícios desmedidos
Veneno, puro veneno
Que nos embriaga
Em cada beijo.

Guarda em mim
Todo o teu veneno
Jura que nenhuma outra
O provará dos teus lábios
Enlaça tua alma na minha
Promete-me um presente envenenado
Por todo o teu amor
Para o resto da eternidade.



(imagem do Google)

Sem comentários:

Enviar um comentário