segunda-feira, 1 de abril de 2013

Pertences ao mundo

Não vivas o negrume dos dias
Furtados de cores vivas
Ousa pintar-te

Não durmas nas sombras da noite
Escondendo as tuas mentiras
Deixa-me acordar-te

Não conheces o limite da tua força
Desconheces que nunca foste só teu
Pertences ao mundo
Desde o dia em que nasceste.

Nunca te encerres nas dúvidas
Procura apenas as respostas
Não respondas apenas ao silencio
Cala só a dor que te fez nascer
E vive.

Grita, como da primeira vez
Que os teus pulmões se encheram de ar
Respira fundo e chora todas as mágoas
Que carregas no peito,
No fundo do olhar

Guarda cada pedaço de ti
Quase curado do mundo em que vives
Separado de tudo o resto
Marca o teu lugar nesta Terra, que te viu nascer,
E renasce.

Pinta-te de novo
Com as mesmas cores
Com que foste gerado
Com os mesmos traços que herdaste
Daqueles que viveram antes de ti
E que ainda permanecem no teu sangue,
E encontra-te.

Senta-te no colo das horas
E espera.
Grita,
Chora,
Ora,
Porque nunca foste só teu
Nunca me pertences-te
Pertences ao mundo
Desde o dia em que nasceste.



(imagem do Google)


Sem comentários:

Enviar um comentário