Simples pedaços de nossos passos
deixados ao acaso nos caminhos da vida
amarrados ao chão, com cordas de pó
deixando em cada passo a marca que nunca se apaga.
Nem sempre se mede o tamanho dos passos
mas sempre se escolhe onde se deixam as pegada.
caminhos fazem-se por ruelas já antes palmilhadas
habitadas por sombras ou assombradas pela própria luz
Mas nunca se deixam para trás as pegadas antigas
elas desenham as novas ruas desmedidas
de lápis bem afiado e linhas perdidas
numa completa e verdadeira comunhão
Fica a pegada entranhada
na urgência da estrada
e a estrada gravada
em todas as pegadas
que se erguem da alma do caminhante.
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