sábado, 28 de dezembro de 2013

Poema em "S"

Se soubesses
o quanto pesa a saudade
essa sede sedenta de sombras

que se vai consumindo ...
se ao menos conseguisse redenção do céu
por todos os passos de ausência
nem que fossem sessenta vezes sete
as orações suplicadas,
no sossego da vigilância solene…
Acabaram-se os segredos sussurrados
sem mais medos…
nem suspeitas…nem silêncios
Apenas o soberano sabor da eloquência
sobrevivendo à sagacidade do passado.
Não se fazem mais cobranças
sem consciência pesada
nem confissões torturadas.
Ai como pesam estas palavras!
Saem trespassadas de sofrimento
sufocadas pela nossa veracidade …
sugando para si
até os segundos mais sagrados.
Suplico-te, não adormeças
sem saciar a sede da ganância
própria da nossa existência.
Porque se me abraçasses
esperando que o mundo em nós se acabasse
talvez um suspiro bastasse
para ressuscitar um oceano de sentimentos. 




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